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Texto escrito por Eliane Leite, diretora da Adventure Club

Mais uma vez, me encanto com o nosso país. Eu arrisco dizer que, por mais que eu viaje por diversos lugares do mundo e me apaixone por cada um deles, como vocês sabem, não há nada como o Brasil.

O Brasil realmente é algo inexplicável. Tudo que a gente tem, desde a cultura e as pessoas até as belezas naturais, parece que foi especialmente desenhado por Deus.

E aí, falando sobre o nosso programa Caminho do Ouro na Estrada Real, acrescento ainda a pitada da história. Bonita ou não, ela é a nossa história. 

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Seria tão lindo se todos os brasileiros pudessem e tivessem o interesse de realmente conhecer a nossa história, as nossas raízes, como tudo aconteceu. De novo, repito: bonita ou não, é a nossa história.

O ponto de partida foi Ouro Preto, cidade conhecida por sua arquitetura colonial preservada, com belas igrejas, casarões e ruas de pedra que remetem ao período do ciclo do ouro. É reconhecida como Patrimônio Mundial pela UNESCO.

A partir dessa região, a valiosa carga de diamantes e ouro era transportada até a cidade de Paraty, estabelecendo, assim, uma rota crucial de escoamento.

No percurso, entre Ouro Preto e Paraty, conhecemos muitas cidades encantadoras. A primeira delas foi Congonhas, famosa por abrigar as obras de Aleijadinho. Depois, Tirantes, onde passeamos por suas ruas, becos e monumentos históricos.

Seguimos então para São João del-Rei, que mescla muito bem arte, história, cultura e natureza, até chegarmos em Carrancas, um importante polo de ecoturismo em Minas Gerais. Baependi, onde visitamos uma fazenda de café e conhecemos todo o processo de produção do cafezinho mineiro, em uma autêntica experiência regional, foi a nossa próxima parada.

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Mais ou menos no meio da viagem, conhecemos Caxambu, onde está localizado o Parque das Águas, detentor do título de maior complexo hidromineral do mundo. As águas minerais de Caxambu possuem propriedades terapêuticas e são procuradas por quem busca relaxamento e alívio de dores musculares e articulares.

Seguindo em direção à Serra da Mantiqueira, paramos em Aiuruoca para visitar a Cachoeira dos Garcias, uma queda d’água de aproximadamente 30 metros. Depois, partimos para Alagoas, uma região famosa por seus queijos artesanais. Um deles foi recentemente premiado como um dos melhores queijos do Brasil.

Nosso penúltimo dia de viagem começou em Itamonte, com uma deliciosa caminhada pelas trilhas ao redor do Parque Nacional de Itatiaia, cercado por exuberantes trechos de Mata Atlântica. De lá, seguimos para Cunha, onde visitamos O Lavandário, um lindo campo de lavandas situado no alto da Serra Mantiqueira, até chegarmos em Paraty, essa cidade maravilhosa marcada por suas ruas de paralelepípedos, casas coloridas e igrejas antigas.

Visitá-la depois de entender toda a história foi muito diferente!

Todos esses destinos são mágicos, cada um com suas particularidades. Foi muito, muito bacana poder conhecer cada cantinho com calma, andando pelas ruas, conversando com as pessoas e aprendendo sobre a importância de cada um daqueles lugares para a nossa história.

Em comparação ao Caminho dos Diamantes, que conheci em 2022, o tempo de estrada do Caminho do Ouro é um pouquinho maior, mas também mais leve quanto às caminhadas. Então, não é um roteiro que sugiro para aqueles que procuram exclusivamente caminhadas e trekkings, mas para quem quer uma mescla de história e natureza, pequenas trilhas e deslocamentos de carro.

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O que trago de mais especial dessa viagem é a lembrança de como os nossos cinco sentidos eram o tempo todo aflorados, fosse olhando para aqueles que compartilhavam histórias, escutando o som das águas das cachoeiras, tocando nas casas e nos monumentos históricos, sentindo o aroma do cafezinho sendo preparado pela manhã ou provando todas as delícias da culinária mineira.

Finalizo aqui deixando um texto que a Maria Rita, uma das clientes que estava comigo na viagem, me mandou dizendo que resume bem o que vivemos:

Por que viajar?

“Uma pessoa precisa viajar…
Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV.
Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu.
Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor.
Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto.
Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto.
Uma pessoa precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.”

– Amyr Klink

E você? Tem vontade de conhecer o Caminho do Ouro ou o Caminho dos Diamantes na Estrada Real?

Confira todos os nossos roteiros pela Estrada Real ou entre em contato com alguém da nossa equipe. Será um prazer te ajudar no planejamento e na realização dessa experiência!

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