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Poucos sabem, mas aqui no Brasil nós também temos sítios arqueológicos. O Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, é um Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco e também o maior sítio pré-histórico de todo o continente americano. Nós temos a maior quantidade de pinturas rupestres do mundo aqui dentro do nosso país. Incrível!

Conhecido também como o Berço do Homem Americano, a região da Serra da Capivara testemunhou a vida dos povos antigos há mais de 60 mil anos. É muito tocante andar pelos sítios arqueológicos e perceber que nossos primeiros ancestrais viveram nas mesmas terras onde estamos pisando.

No mês passado, Dezembro de 2019, foi inaugurado o Museu da Natureza: o mais novo atrativo da Serra da Capivara, ele aborda desde o surgimento do universo até a contemporaneidade para falar sobre a evolução da natureza na região.

O Museu da Natureza já chama a atenção pela arquitetura do prédio que o abriga: sendo o primeiro edifício circular e em espiral todo planejado com estrutura metálica no Brasil, as 12 “salas” do museu formam uma grande rampa helicoidal – como o tronco do mandacaru –, para representar, no sentido ascendente, a evolução das mudanças geológicas e paleontológicas do planeta.

“Todas as salas são vivenciais. Cada uma delas tem recriações de seres e paisagens que aqui existiram. Um dos pontos altos é o voo livre sobre a Serra da Capivara, o filme no teto com narração da [cantora] Maria Bethânia, a recriação da mega fauna brasileira, e o Infinito da Biodiversidade com os milhares de insetos”, diz o curador do Museu da Natureza, Marcello Dantas.

A Serra da Capivara possui a maior concentração de sítios arqueológicos do mundo: mil e duzentos. As milhares de pinturas rupestres, datadas de 12 mil a 6 mil anos atrás, incluem figuras humanas, animais e uma diversidade de cenas cotidianas que as tornam únicas. Mas Niede Guidon acreditava que mais do que a história humana, a Serra também conta a evolução da natureza na região — e do nosso próprio planeta.

Serra da Capivara e a biodiversidade da caatinga

Quando foi criado, em 1991, o Parque Nacional da Serra da Capivara foi o primeiro a preservar parte dessa vegetação nativa brasileira, também conhecida pelos nativos como “matas brancas”. A fauna e a flora da caatinga são únicas e a conservação dos sítios arqueológicos depende diretamente desses ecossistemas.

São quase 300 espécies de animais entre mamíferos, répteis e aves. Entre eles, tatus bola, jaguatiricas e até onças-pintadas! O Parque ainda preserva ambos os tipos de caatinga, a alta e a baixa. O refúgio perfeito para os apaixonados pela natureza.

Niède Guidon e os sítios arqueológicos

Niède Guidon é uma arqueóloga brasileira que se tornou conhecida em todo o mundo por lutar pela preservação dos sítios arqueológicos de Serra da Capivara. A famosa teoria de que o homem surgiu na América muito tempo antes do que se acredita é dela! A arqueóloga usou como base para sua pesquisa os sítios com artefatos de 58 mil anos atrás.

Foi apenas devido à força de vontade de Niède que o Brasil conta hoje com o maior sítio pré-histórico do mundo, totalizando mais de mil descobertas e centenas de fósseis. A arqueóloga trabalha até hoje na região e ainda participa das pesquisas e escavações.

Em um dos roteiros oferecidos pela Adventure Club para a Serra da Capivara, o grupo é guiado pela equipe oficial da própria Niède Guidon para explorar todas as belezas desse Patrimônio Cultural da Humanidade!

Esse é um destino pouco conhecido pelos brasileiros, mas todos nós deveríamos ter a chance de conhecer a região, já que faz parte do nosso passado e da nossa história, além de ser uma benção ter esse tipo de arte rupestre em terras brasileiras.

Comece a planejar agora mesmo sua viagem para os sítios arqueológicos com a Adventure Club! Nossos especialistas estão sempre prontos para sugerir o melhor roteiro para você.

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