Montar um roteiro pela Ásia vai além de listar os países que você sempre sonhou em conhecer. O continente é vasto, diverso, fascinante e cheio de contrastes. São culturas milenares, gastronomias distintas e paisagens que mudam a cada destino.
Nos últimos anos, a Ásia vem se estruturando cada vez mais para o turismo, com transporte eficiente, opções de hospedagem para todos os perfis e experiências autênticas. Com planejamento, é possível criar um roteiro inteligente, integrando diferentes países.
Nesta matéria, você irá entender como organizar uma viagem pela Ásia combinando cultura, paisagens e praticidade, com foco em Japão, Coreia do Sul, China, Tailândia e Vietnã, além de destinos complementares como Índia, Butão, Nepal e Mongólia, para quem dispõe de mais tempo e quer explorar rotas menos convencionais.
Por onde começar a planejar um roteiro pela Ásia
O ponto de partida é definir quantos dias você tem disponíveis. Uma viagem de duas semanas não comporta cinco países. Mesmo com voos diretos, atravessar fronteiras na Ásia ainda toma tempo – e o ritmo local convida à imersão, não à pressa.
Se você tem de 15 a 20 dias, o ideal é focar em dois países bem conectados, que complementem um ao outro. Por exemplo, Japão e Coreia do Sul para uma experiência mais urbana e tecnológica, ou Tailândia e Vietnã para cultura tropical, comida de rua e paisagens naturais. Com 30 dias ou mais, já é possível incluir um terceiro ou quarto país, desde que o trajeto seja coerente.
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Como montar um roteiro com países asiáticos em alta
Japão
O Japão é um dos destinos mais estruturados da Ásia, ideal para quem busca tecnologia, tradição, segurança e organização. Cidades como Tóquio, Kyoto, Osaka e Hiroshima oferecem uma combinação de modernidade e cultura milenar. A rede ferroviária (especialmente o trem-bala) facilita deslocamentos rápidos entre os principais centros urbanos. O tempo mínimo recomendado no país é de 7 a 10 dias, permitindo explorar tanto grandes cidades quanto áreas mais históricas e naturais. O Japão combina bem com a Coreia do Sul, devido à proximidade geográfica.
Quando ir? O Japão pode ser visitado em diferentes épocas, mas a primavera (março a maio) e o outono (outubro e novembro) são os períodos mais recomendados. Além das temperaturas amenas, a primavera encanta com a floração das cerejeiras, enquanto o outono é marcado por paisagens coloridas e grandes eventos culturais e esportivos.
Confira: Roteiro Japão e Coreia do Sul
Coreia do Sul
Cada vez mais popular, a Coreia do Sul oferece cultura pop, história e gastronomia vibrante. Seul é uma metrópole tecnológica com museus, palácios e bairros modernos. Cidades como Busan e Gyeongju complementam o roteiro com praias e sítios arqueológicos. A permanência ideal varia entre 7 e 10 dias. A Coreia do Sul pode ser visitada antes ou depois do Japão, com voos rápidos e econômicos entre Tóquio/Osaka e Seul.
Quando ir? A Coreia do Sul tem invernos rigorosos e verões quentes e chuvosos (com risco de monções). Os períodos mais indicados para visitar são a primavera (abril e maio) e o outono (setembro e outubro), quando o clima está agradável e as cidades ficam menos cheias.
China
Dependendo do que se pretende visitar, a China pode exigir mais planejamento devido à extensão territorial do país. Cidades como Pequim, Xangai e Xi’an são ideais para quem busca história, como a Muralha da China e o Exército de Terracota. O transporte ferroviário de alta velocidade permite conexões eficientes entre grandes centros. Recomenda-se pelo menos 7 a 10 dias para explorar as principais atrações. A China pode ser combinada com Vietnã ou com Coreia do Sul e Japão, dependendo da ordem e logística da viagem.
Quando ir? Grande parte da China pode ser visitada o ano todo. Ainda assim, as melhores épocas para aproveitar o país são a primavera (março a maio) e o outono (setembro a novembro), quando as temperaturas são mais amenas e ideais para explorar cidades, templos e paisagens naturais.
Tailândia
A Tailândia é uma das portas de entrada mais populares do Sudeste Asiático. Fácil de circular, com boa infraestrutura e custo acessível, o país agrada diferentes perfis de viajantes. Bangkok, Chiang Mai e as ilhas do sul (como Phuket e Koh Phi Phi) oferecem experiências urbanas, culturais e de praia. A permanência recomendada é de no mínimo 8 dias. A Tailândia se conecta facilmente com o Vietnã e outros países do Sudeste Asiático por voos low-cost.
Quando ir? A melhor época para visitar a Tailândia é entre novembro e fevereiro, quando o clima está firme e agradável. Em novembro, acontece o famoso Festival das Lanternas em Chiang Mai, e janeiro costuma oferecer as condições climáticas mais favoráveis em todo o país.
Vietnã
Com paisagens naturais impressionantes, como a Baía de Ha Long e as montanhas de Sapa, o Vietnã também atrai pela sua herança colonial e culinária. Cidades como Hanói, Da Nang, Hoi An e Ho Chi Minh compõem um roteiro bem distribuído de norte a sul. Para percorrer o país de forma eficiente, 10 dias é o mínimo ideal. O Vietnã pode ser integrado ao roteiro após a Tailândia ou antes da China, com boas opções de voos entre os países.
Quando ir? Por conta do seu território extenso e influenciado pelas monções, o Vietnã tem épocas ideais diferentes conforme a região. O norte e o sul são melhores entre novembro e abril, enquanto a região central tem sua alta temporada de janeiro a julho – especialmente entre janeiro a maio, pois junho e julho são meses quentes e úmidos. Entre setembro e novembro, a região central tem alta chance de chuvas, com risco de tufões.
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Destinos complementares (para roteiros mais longos ou com foco alternativo)
Índia
Viajar pela Índia é ter contato com um turbilhão de cores, cheiros e contrastes. O país é vasto e intenso, exigindo tempo e energia. Uma boa primeira experiência é o Triângulo Dourado (Délhi, Agra e Jaipur), que concentra alguns dos ícones mais famosos, como o Taj Mahal. Para quem busca espiritualidade, Varanasi oferece rituais únicos às margens do Ganges, enquanto o sul revela templos, praias e uma gastronomia diferente. O ideal é reservar de 10 a 15 dias, com possibilidade de conexão para Nepal e Butão.
Quando ir? A melhor época para visitar a Índia é entre outubro e abril, quando o clima está mais agradável em grande parte do país. Nesse período também acontecem alguns dos principais festivais, como o Diwali (Festival das Luzes) e o Holi (Festival das Cores).
Butão
Entre os Himalaias, o Butão preserva uma cultura budista profundamente ligada à natureza. Conhecido como o “país da felicidade”, requer visto especial, além do pagamento da taxa de sustentabilidade. O roteiro inclui mosteiros como o icônico Ninho do Tigre e vilarejos tradicionais em vales verdejantes. O tempo médio recomendado é de 5 a 7 dias, geralmente entrando por via aérea a partir da Índia ou do Nepal.
Quando ir? O Butão pode ser visitado o ano todo, mas os meses mais indicados são outubro, novembro, março e abril, quando o clima é seco, os céus estão claros e a visibilidade das montanhas é excelente. Para quem deseja fazer trekkings, é melhor evitar dezembro a fevereiro, período de frio mais intenso.
Nepal
Mais do que ponto de partida para trekkings no Himalaia, o Nepal surpreende pela riqueza cultural de Katmandu, com seus templos e praças históricas. Para aventureiros, o Circuito Annapurna ou a região do Everest estão entre as trilhas mais famosas do mundo. Para uma viagem equilibrada entre cultura e natureza, 7 a 10 dias são suficientes. O país conecta-se facilmente à Índia e, com um pouco mais de logística, ao Leste Asiático.
Quando ir? A melhor época para visitar o Nepal é entre outubro e dezembro, após as monções, quando o clima está seco e as temperaturas mais amenas. É um período ideal para rafting, caminhadas e trekkings. Janeiro já apresenta frio intenso, mas ainda é possível viajar.
Mongólia
Pouco explorada e cheia de autenticidade, a Mongólia é um destino para quem busca paisagens abertas e um contato direto com o estilo de vida nômade. Entre as vastas estepes, desertos e acampamentos em gers (tendas tradicionais), o país oferece uma experiência de viagem diferente de qualquer outro lugar da Ásia. A entrada costuma ser por Ulaanbaatar, via voos de Pequim, Seul ou Tóquio. O roteiro ideal varia de 5 a 8 dias, com foco em cultura e natureza.
Quando ir? A melhor época para visitar a Mongólia é entre julho e outubro, quando o clima está mais ameno e o país ganha vida com a realização de diversos festivais tradicionais.
Resumo de combinações recomendadas por tempo disponível
15 a 20 dias:
- Japão + Coreia do Sul
- Tailândia + Vietnã
- China + Vietnã
25 a 30 dias:
- Japão + Coreia do Sul + China
- Tailândia + Vietnã + Camboja (ou Laos)
- Índia + Nepal + Butão
Mais de 30 dias:
- Roteiro combinado incluindo Japão, Coreia, China e Sudeste Asiático
- Extensão ao Himalaia: Nepal, Butão e norte da Índia
Esse tipo de planejamento exige atenção ao tempo de deslocamento, à necessidade de vistos e às conexões aéreas ou terrestres disponíveis. Priorizar regiões com boas ligações facilita a logística e torna o roteiro mais proveitoso.
Transporte entre os países asiáticos
Viajar entre os países asiáticos pode ser prático, especialmente no Sudeste e no Leste Asiático, que contam com excelente infraestrutura aérea e ferroviária. Há diversas opções de voos internos de baixo custo, ideais para quem busca os melhores roteiros pela Ásia com orçamento controlado e deslocamentos eficientes.
Entre Japão e Coreia do Sul, os voos são rápidos e frequentes, mas também existe a opção de ferry entre Fukuoka e Busan para quem deseja uma alternativa marítima. A China conta com uma das redes de trens de alta velocidade mais modernas do mundo, incluindo conexões com Hong Kong. Já o acesso ferroviário à Mongólia é feito por trem convencional, a partir de Pequim, via a rota da Transmongoliana.
No Sudeste Asiático, as distâncias são menores e o tráfego aéreo é intenso, o que facilita combinações como roteiro Tailândia e Vietnã, Vietnã e Camboja ou outros países vizinhos da região.
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