Texto escrito por Amanda Gallo, Coordenadora de Atendimento da Adventure Club
A Namíbia foi um destino que, mesmo com grandes expectativas, conseguiu me surpreender em cada curva do caminho. Desde o primeiro momento, parecia que eu tinha sido transportada para dentro daqueles cenários que estampavam as telas de descanso do Windows – surreal de tão perfeito!
Nossa jornada começou na capital, Windhoek, uma cidade limpa, segura e bem organizada. Seguimos para o vilarejo de Solitaire, onde a grande atração é uma padaria conhecida por produzir a melhor torta de maçã do país. Fizemos um passeio ao entardecer e de lá partimos para Sossusvlei, onde estão as dunas mais altas do mundo. Elas fazem parte do espetacular Mar de Areia da Namíbia, declarado Patrimônio Mundial da UNESCO em 2013.
Em Swakopmund, fizemos um tour de catamarã pela costa de Walvis Bay, onde as vistas são impressionantes: de um lado, o silêncio do deserto; do outro, o azul profundo do mar. Lá, é possível avistar golfinhos e até baleias ao longe. A cidade também surpreende com sua oferta cultural: galerias de arte, museus e lojinhas encantadoras que vendem desde artesanato local até joias feitas com pedras preciosas da região.
A próxima parada foi Twyfelfontein, famosa por abrigar uma das maiores concentrações de gravuras rupestres da África, além de ser considerada o primeiro Patrimônio Mundial da Namíbia. A área abriga 17 sítios de arte rupestre, que coletivamente abrangem 212 lajes de pedra gravadas. Ali senti o peso da história e a conexão profunda desses povos com a natureza. É o tipo de lugar que te faz refletir sobre tempo, memória e identidade.
E então veio o momento mais esperado: o Parque Nacional de Etosha, mundialmente conhecido por sua incrível diversidade de vida selvagem, incluindo elefantes, rinocerontes-negros, leões, girafas, vários antílopes e zebras, além de centenas de espécies de aves e répteis. O safári na Namíbia é rústico, autêntico, e por isso mesmo mágico. A vastidão do parque, com sua vegetação variada e a enorme planície salgada do Etosha Pan, cria um cenário singular para a observação dos animais em seu habitat natural.
Finalizamos a jornada em um lodge próximo a Windhoek, cercado por montanhas e savanas douradas. Foi o lugar perfeito para desacelerar, refletir sobre tudo o que vivemos e me despedir, com o coração apertado, dessa terra tão generosa.
Não é só pelas paisagens surreais, ou pela chance de ver a vida selvagem de perto. É pelas experiências, pelas pessoas, pelas histórias que carregam – e que agora também fazem parte da minha. Voltei da Namíbia com novas perspectivas, com imagens que nenhuma câmera poderia captar e com a certeza de que, se tiver a chance, um dia volto!