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Texto escrito por Laís Coimbra, consultora de viagens da Adventure Club

Depois de meses sonhando com essa viagem, finalmente embarquei no MV Desafio, um barco estilo veleiro que seria meu hotel flutuante pelos próximos dias na Amazônia. O cruzeiro inclui explorações diárias e atividades em barcos motorizados na selva, bem como uma rica culinária amazônica servida no restaurante panorâmico.

A partida aconteceu no início da tarde, saindo de Manaus. Fomos recebidos com um coquetel de boas-vindas e uma breve apresentação do nosso guia, que rapidamente nos mergulhou no universo amazônico e passou todos os detalhes do barco e do roteiro.

A navegação nos levou até a região de Três Bocas, no Arquipélago de Anavilhanas, o maior arquipélago fluvial do mundo – uma paisagem exuberante, com lagos, ilhas, riachos e florestas alagadas. À noite, embarcamos em canoas motorizadas para o nosso primeiro contato mais íntimo com a floresta: um passeio de focagem noturna. No escuro total, apenas com a lanterna do guia, começamos a escutar os sons da selva.

Na manhã seguinte, às 05h30, saímos para um passeio de barco para admirar o nascer do sol na floresta. A névoa dançava sobre as águas e, aos poucos, a mata ganhava vida com o canto de centenas de pássaros.

Depois do café da manhã, fomos para terra firme fazer uma trilha pela floresta amazônica. O calor e a umidade eram intensos, mas a caminhada foi recompensadora. Aprendi sobre plantas medicinais, vi árvores gigantes e descobri curiosidades de animais com hábitos diurnos e noturnos. O guia, profundo conhecedor da região, tornava tudo mais fascinante. 

Na parte da tarde, navegamos até a comunidade indígena Terra Preta, onde conhecemos um pouco do dia a dia dos moradores e sua relação com a natureza. Mais tarde, fizemos outra trilha na região de Jaraqui para explorar a fauna e a flora. 

O terceiro dia foi, sem dúvida, um dos mais aguardados. Seguimos pelos igarapés até o Recanto dos Botos, onde tive a chance de nadar e interagir com os botos cor-de-rosa, incrivelmente dóceis e curiosos. No mesmo local, ainda alimentamos o pirarucu, conhecido como o bacalhau da Amazônia

Seguimos para o famoso Encontro das Águas, onde os rios Negro e Solimões correm lado a lado sem se misturar. De lá, partimos para o Lago Janauari para presenciar a pesca de piranhas, uma experiência local muito tradicional. Para finalizar o dia, fizemos mais um passeio noturno pelos riachos, em busca de jacarés e outros animais. 

No último dia, saímos para ver os gigantes e lindos nenúfares amazônicos, mais uma oportunidade para explorar o Rio Negro. Ainda navegamos por igapós, que, diferentemente dos igarapés, são difíceis de acessar. Também visitamos a comunidade indígena Tatuya, conhecida por sua tradição oral riquíssima. Sentamos em roda para ouvir histórias e lendas sobre a floresta e o mundo. Uma das vivências mais enriquecedoras que trouxe na bagagem.

Para mim, não é exagero algum dizer: poucos lugares no mundo têm a força e a beleza da Amazônia. Voltei renovada e ainda mais apaixonada pelo Brasil!

2 Comentários

  • Adorei! É o seu nome, seu e-mail, seu celular de viagem. Quem nunca sonhou com um passeio noturno de focagem, alimentar um pirarucu ou ouvir lendas indígenas? Mas, ah, o calor da floresta! Acho que o guia deixa a curiosidade de animais um pouco explícito… ah, a natureza! As fotos não dão pra crer, né? A Amazônia é linda, mas essa renovação parece que vai precisar de uns dias de repouso depois. Ou melhor, um pacote para o Himalaia!Free Nano Banana

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