A Antártica é o mais ermo dos continentes, mas não fica tão longe como parece: leva-se um dia e meio para ir do Ushuaia, no extremo sul da América do Sul, à área do Tratado Antártico (acordo de proteção ambiental que delimita a Antártica). Ao contrário do Ártico, há terra sob o gelo da Antártica. E as montanhas, bem escuras, afloram do mar abruptamente, formando verdadeiros fiordes. Sobre as montanhas e boiando no mar, as massas brancas de gelo. Quer dizer, não tão brancas assim. O bloco recém-formado é branco límpido. Já as massas compactadas pelo tempo são azuladas. A água do mar congelada mistura reflexos. E a placa que se desprega da terra tem tons de rosa.
Embora não se vejam árvores no continente, o mar da Antártica faz esse papel é uma árvore fértil, com muito krill, base da cadeia alimentar. Por isso, vários bichos ocupam a terra, o gelo e a água. Pingüins, elefantes-marinhos, pássaros. É uma bela viagem para quem gosta de observar animais e paisagens. Mas você não levará pedrinhas para casa. Na maioria das vezes, a expedição é mais um Antártica watching. Como muitos navios são grandes demais, não aportam no continente. Mas só o travelling vale a pena.
Melhor Época para Visitar a Antártica
A melhor época para visitar a Antártica é de Novembro a Março. A Antártica é mais fria do que o Ártico por dois motivos: em primeiro lugar, grande parte do continente está a mais de três quilômetros acima do nível do mar. Em segundo lugar, a área do Pólo Norte é coberta pelo Oceano Ártico e o relativo calor do oceano é transferido através do gelo, impedindo que as temperaturas nas regiões árticas alcancem os extremos típicos da superfície da terra no sul.