Um instigante mergulho na história da humanidade.
A oportunidade para percorrer o país de norte a sul: da histórica Jerusalém africana às isoladas tribos do Vale do Omo. Entregue-se ao lar de um povo simpático, de fé fervorosa e costumes ancestrais.
Como não é toda hora que se vai para a Etiópia, planeje logo entre 12 e 18 dias para conhecer norte e sul. A capital, Adis Abeba, merece ao menos um dia. De lá parte-se para o norte, ideal para outros cinco: dois deles só em Lalibela e mais pernoites em Bahir Dar, Gondar e Aksum. É necessário, então, voar de volta a Adis para dar início ao roteiro de uma semana por terra pelo sul.
MOTIVOS PARA VIAJAR – Fora dos roteiros turísticos, a Etiópia é um tesouro a ser descoberto. Tem obeliscos e tumbas milenares, igrejas de pedra que só existem ali, castelos e monastérios medievais entre os lagos e montanhas do norte. E é o lar de um povo simpático, de fé fervorosa e costumes ancestrais.
PAISAGEM DA JANELA – Entre os desfiladeiros e planaltos do norte há igrejas escavadas no chão ou nas montanhas de pedra. Na região também brilham o Lago Tana, pontilhado de ilhas com monastérios seculares, e as Montanhas Simien, habitadas pelos endêmicos babuínos-gelada. Nos cenários semidesérticos do sul surgem povoados que usam adornos peculiares e preservam uma riqueza cultural ímpar.
NÃO DÁ PRA PERDER – Se a imperdível Lalibela é a Jerusalém africana, Gondar poderia ser chamada de a Camelot etíope. Base para conhecer em barcos de papiro as belas cascatas do Nilo Azul, uma das nascentes do mítico Rio Nilo africano, Gondar guarda uma série única de castelos e igrejas – alguns com afrescos espetaculares – construídos quando foi capital do império, no século 17.
POR QUE IR AGORA – Viajantes que gostam de ir aonde pouca gente chegou terão verdadeiras aulas de história entre os monumentos seculares do norte e de antropologia nas aldeias do sul. É interessante ainda constatar que o país apagou aquela imagem de miséria de três décadas atrás e se modernizou bastante.
EXPERIÊNCIAS ÚNICAS – Conhecer algumas tribos que mal tiveram contato nem mesmo com a urbanidade etíope faz qualquer um entender melhor sua própria cultura. Cada uma usa adornos próprios, fala seu dialeto e preserva costumes específicos. Os povos konso reverenciam seus mortos esculpindo totens de madeira. As aldeias borena criam camelos e se orgulham de seus poços, que parecem cantar. Os jovens da etnia hamer precisam saltar uma fileira de bois para ritualizar a passagem para a vida adulta – só depois disso podem se casar, ter filhos e possuir o próprio gado.
OLHAR ADVENTURE CLUB – A famosa igreja subterrânea de São Jorge, escavada em forma de cruz no chão de pedra, ganha uma aura especial aos olhos de quem acorda de madrugada para acompanhar as orações dos nativos – especialmente no dia do santo guerreiro, comemorado todo dia 23 do calendário local (diferente do nosso, gregoriano). O fervor das pessoas é tocante. Emoção parecida acontece todo dia 21 para celebrar Nossa Senhora na igreja de pedra de Maria, ali perto.